quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Concurso Astrobiologia: outros mundos, outras vidas?


Hoje estamos aqui para divulgar um concurso, que nos foi apresentado pela nossa professora de Área de Projecto (a quem desde já agradecemos), direccionado para alunos do Ensino Secundário, no âmbito da Astrobiologia (ramo que se concentra no estudo da origem, evolução, distribuição e futuro da vida no Universo).

Citando o que está no site do Centro de Ciência Viva:

A Ciência Viva lança o concurso “Astrobiologia: outros mundos, outras vidas?”, convidando os alunos do ensino secundário a debruçar-se sobre esta temática. Os vencedores (2 alunos e 1 professor) terão a oportunidade de participar no International Space Camp 2011, a realizar no U.S. Space & Rocket Center, nos EUA.

Temas:

a) Origem da Vida: as condições primordiais

Tópicos sugeridos: do Big-Bang ao Universo; galáxias primordiais e a criação das condições fundamentais para a vida no Universo; formação de sistemas planetários; formas primitivas de vida.

b) Em busca de Vida para além da Terra

Tópicos sugeridos: indicadores da presença de vida; a zona habitável de uma estrela; condições de estabilidade num planeta para o desenvolvimento de vida inteligente; o caso de Marte e determinadas luas no Sistema Solar; exoplanetas conhecidos.

Participação:

1ª fase: Cada equipa, constituída necessariamente por um(a) professor(a) e dois alunos do ensino secundário (obrigatoriamente um aluno do sexo masculino e outro aluno do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos em Julho de 2011), deverá escolher um dos dois temas propostos e apresentar um trabalho escrito com uma extensão máxima de 15 páginas. O trabalho, em formato PDF, será submetido electronicamente na página web do concurso (através de um formulário a disponibilizar brevemente). O júri constituído para o efeito seleccionará os melhores trabalhos.

Prazo para entrega dos trabalhos: 2 de Março de 2011

2ª fase: Os 5 (cinco) melhores trabalhos serão seleccionados para uma apresentação pública, onde se efectuará a escolha do vencedor do concurso. Cada apresentação deverá ser planeada para durar 20 minutos (não deverá ultrapassar os 25 minutos) e será seguida de discussão com os membros do júri.

Critérios de Avaliação:

Serão valorizados os seguintes factores: a clareza do texto e da apresentação oral, a correcção científica, a objectividade e a correcção linguística.

Para mais informações consultar:

Achamos que é uma excelente oportunidade para jovens com interesse em Astronomia e com vontade de descobrir mais dentro da Astrobiologia.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A sonda Kepler (referida no post anterior)

Sonda Kepler
O telescópio espacial Kepler foi concebido pela NASA para encontrar planetas extra-solares (planetas fora do nosso sistema solar). Para isto, a sonda deverá observar as 100 000 estrelas mais brilhantes do céu por um período de quatro anos, a fim de detectar alguma ocultação periódica de uma estrela por um de seus planetas. O observatório foi lançado a 6 de Março de 2009 e assume uma órbita heliocêntrica.



Método de detecção de um planeta extra-solar

Quando um planeta passa à frente de uma estrela, dizemos que há trânsito desse mesmo planeta. O trânsito de planetas terrestres (telúricos ou rochosos) produz uma pequena alteração no brilho de uma estrela durante 2 a 16 horas.

A partir da observação do trânsito de um planeta e das alterações que provoca no brilho da estrela podemos calcular:

·         o tempo que o planeta demora a dar uma volta à estrela - período da órbita
·         o tamanho da sua órbita
·         a sua dimensão
·         a sua temperatura


William Borucki (do Centro de Investigação da NASA em Moffett Field, no Estado da Califórnia), que é o principal investigador das missões de de Kepler, diz: "As observações do Kepler vão dizer-nos se existem muitas estrelas e planetas que podem acolher vida, ou se estamos sozinhos na galáxia”.


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Notícia: 500 planetas em 15 anos: já não estamos sozinhos no universo

27 de Novembro de 2010  

A Terra será única? Há mais vida? Será essa vida inteligente? 2010 bate recorde na descoberta de planetas extra-solares. Astrónomo do Vaticano diz que só procurar já vale a pena


51 Pegasi b
Há 15 anos descobriu-se o primeiro planeta fora do sistema solar - o 51 Pegasi b, a 50 anos-luz da Terra. Esta semana, o catálogo de exoplanetas ultrapassou as cinco centenas. Para os próximos meses, e sobretudo quando chegarem os resultados completos da sonda Kepler, que desde o ano passado está a investigar 126 mil potenciais "sóis" na Via Láctea, os astrónomos prevêem um aumento exponencial dos mundos conhecidos. Com eles, aumenta também a probabilidade de encontrar vida.

(...)

Nuno Santos, do centro de astrofísica da Universidade do Porto, começou a trabalhar nesta área na recta final dos anos 90. O primeiro planeta que ajudou a detectar foi baptizado de HD 192263 b, com o tamanho de Júpiter. "Na altura seriam conhecidos uns 20. Achávamos que iam aumentar mas era uma fase muito inicial, só conseguíamos observar gigantes gasosos quando sabíamos que este tipo de planetas são uma minoria no sistema solar", diz. Apesar da teoria da formação apontar para uma imensidão de planetas, reinava algum cepticismo. "Havia poucas observações, tínhamos de ver para crer."  
(...)

Gliese 581c
Dos 504 catalogados, poucos parecem poder albergar os primeiros vizinhos do homem, explica Nuno Santos. Os únicos candidatos a preencher os requisitos são o Gliese 581c, a 20 anos-luz da Terra, e outro anunciado em Agosto, no sistema planetário da estrela HD 10180, a 127 anos-luz da Terra, porque estão na chamada zona habitável do sistema.

(...)

Seth Shostak, astrónomo do Instituto para a Procura de Vida Extraterrestre SETI, em São Francisco, está confiante: "Há muitos projectos à procura de vida no espaço. Acho que pelo menos uma dessas experiências trará algum resultado nos próximos 15 a 20 anos e sabermos então que aquilo que aconteceu na terra não é um milagre, mas um lugar-comum no cosmos." Jose Funes, o padre jesuíta e astrónomo do Vaticano vê as oportunidades de reflexão para a humanidade: "Ainda há muitas questões em aberto: Será que a terra é única? Há vida lá fora? Será vida inteligente? Talvez nunca tenhamos resposta para todas estas perguntas, mas só o facto de a procurar permite conhecermo-nos melhor a nós próprios."



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Astronomia: objecto e método de estudo

A Astronomia (do grego lei das estrelas) procura explicar os fenómenos físicos que ocorrem dentro e fora da Terra, e estuda a origem, a evolução e as propriedades físicas e químicas de todos os objectos celestes do Universo. É uma ciência que associa os interesses da Matemática, Física, Química e da Biologia, entre outras. Esta foi uma das razões pela qual decidimos escolher Astronomia para o tema principal do nosso trabalho de Área de Projecto. Não foi a única, visto que, à partida, já todas tínhamos algum interesse e curiosidade sobre o tema.

A Astronomia tem origem na antiga ciência - hoje pseudociência - Astrologia, mas a primeira não deve ser confundida com esta. A Astrologia associa fenómenos terrestres e celestes, mas tem falhas quando tenta relacionar o destino da humanidade com as estrelas e os planetas, enquanto que a Astronomia aplica o método científico e tenta confirmar algumas teorias terrestres a partir de observações celestes.


Astronomia e Astrologia














 É uma das poucas ciências em que os observadores independentes têm grande importância, tendo estes um papel activo na descoberta de fenómenos temporários. Hoje em dia, muitas das descobertas feitas por pequenos investigadores acabam por levar a outras descobertas de enorme importância para a evolução do conhecimento científico.



segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Notícia: Cientistas descobrem planeta habitável a 20 anos-luz de distância

 Esta foi a notícia que esteve na base da escolha do tema  que o nosso grupo vai trabalhar ao longo deste ano lectivo, na disciplina de Área de Projecto:

Cientistas descobrem planeta habitável a 20 anos-luz de distância
30 - Set - 2010 

Planetas rochosos, parecidos com a Terra, já foram descobertos. Mas este, a 20 anos-luz de distância de nós, é o primeiro que parece ser habitável, dizem cientistas norte-americanos.

O Gliese 581g é um dos seis planetas do sistema em torno da estrela Gliese 581 (uma anã vermelha, que fica na Constelação da Balança), tem uma massa três vezes superior à da Terra e parece ser rochoso. Orbita a sua estrela a uma distância que o coloca dentro da chamada “zona habitável”, onde a água poderá existir em estado líquido à superfície do planeta. E tem um diâmetro 1,2 a 1,4 vezes superior ao da Terra, portanto terá gravidade suficiente para conseguir reter a sua atmosfera.

(...)

Para os astrofísicos, um planeta “potencialmente habitável” é aquele que pode sustentar vida – não necessariamente um que os humanos considerem bom para se viver. Este fica bem no meio da zona habitável do sistema solar – onde não fica demasiado quente nem demasiado frio, onde pode haver rios e oceanos à superfície.


Mas um ano em Gliese 581g dura apenas 37 dias – é este o tempo que leva a completar uma volta à sua estrela. E mostra sempre a mesma cara à estrela, como a Lua faz com a Terra. Assim, no lado do planeta virado para o Sol é sempre dia e no que fica na obscuridade – a noite é eterna.
As temperaturas à superfície oscilam, por isso, entre o calor escaldante e o frio de enregelar – mas a temperatura média é negativa: -31 a -12 graus Célsius, diz um comunicado de imprensa da Universidade da Califórnia em Santa Cruz. Mas, como terá atmosfera, poderá ter um efeito de estufa capaz de harmonizar melhor as condições na superfície.

No entanto, o local mais confortável do planeta seria a zona de transição entre a obscuridade e a luz, onde as temperaturas seriam mais amenas, dizem os cientistas. Mas o facto de o planeta estar dividido em duas zonas claramente definidas e estáveis pode ser uma vantagem para que surja a vida.
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Talvez o mais interessante desta descoberta é o que traz em termos de implicações sobre a probabilidade de as estrelas terem pelo menos um planeta habitável na sua órbita. Dado o número relativamente pequeno de estrelas monitorizado pelos astrónomos caçadores de planetas, esta descoberta aconteceu relativamente depressa: se os planetas habitáveis são raros, diz Vogt, “não devíamos ter achado um tão depressa, e tão perto de nós.”

(...)

In:

domingo, 12 de dezembro de 2010

Apresentação do Projecto


Pensar que somos os únicos seres vivos na imensidão do Universo é um erro que muitos cometem. Na verdade, cada vez mais ouvimos falar em planetas potencialmente habitáveis, como é o caso de alguns planetas do sistema Gliese 581.

Assim, levanta-se uma questão:
Se há planetas com condições semelhantes às do planeta Terra, como podemos afirmar que estamos sozinhos?

Ao longo do presente ano lectivo, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, iremos desenvolver este tema, tentando expôr algumas ideias e descobertas que achamos importantes para o desenvolvimento científico e cultural. Para mais informações, continuem a seguir o nosso blog.

Os melhores cumprimentos e até breve

Ana, Carolina, Joana e Teresa