terça-feira, 15 de março de 2011

Notícia: Digam “Olá!” à Kepler-11a: a estrela com cinco planetas mais próximos que Mercúrio do Sol

Chama-se Kepler-11 e está a 2000 anos-luz de nós. Mas mesmo assim, o telescópio Kepler conseguiu identificar à sua volta seis planetas junto à estrela, cinco dos quais estão tão próximos que completam uma volta em menos de 50 dias (Mercúrio demora pouco menos de 88 dias para completar o seu ano).


Sistema Planetário Kepler-11
 “Estes seis planetas são uma mistura de rocha e gases, e possivelmente incluem água”, disse em comunicado Jack Lissauer, astrónomo da equipa do Kepler da NASA, que trabalha no Centro de Investigação Ames, na Califórnia. “O material rochoso faz a maioria da massa dos planetas, enquanto os gases são responsáveis por grande parte do volume”, disse o cientista.

Os planetas chamam-se Kepler-11b, c, d, e, f e g, têm raios entre 1,97 e 4,52 vezes o da Terra.

Cinco dos novos planetas descobertos têm uma massa que oscila entre 2,3 e 13,5 vezes a da Terra e os seus períodos orbitais são inferiores a 50 dias, pelo que se encontram numa região que, em termos de referência, poderia caber na órbita de Mercúrio.

Candidatos a “Terra”

Os seis planetas têm uma densidade menor do que a Terra. Segundo Jonathan Fortney, outro autor do artigo, os dois planetas interiores têm uma grande quantidade de água, e os mais exteriores já têm uma atmosfera de hidrogénio e hélio.

Uma das surpresas a emergir desta descoberta é que a formação destes seis planetas teve de ser muito mais acelerada do que os teóricos previam: de apenas cinco milhões de anos. “A ciência divide-se na teoria e nas observações e as duas vão ter de bater certo. Esta é uma observação que dará muitas ideias e muitas restrições aos teóricos”, antecipou o cientista.

Juntamente com este seis planetas, o Kepler tem uma avalanche de novos dados, anunciou a NASA. Há 1235 planetas candidatos que precisam da ajuda de outros aparelhos para se confirmar se são realmente planetas. Cinco deles são do tamanho semelhante à Terra e estão na região habitável. Por isso, teoricamente, podem albergar vida. Agora, é esperar que haja uma confirmação.






1 comentário:

  1. Ora bem.... 2000 anos-luz de distância...

    Criopreservação de tecidos e órgãos em força caso quisessemos alcançar tal sistema solar. É bom existir alternativas à Terra - mas na minha opinião temos de ver esta possibilidade de duas maneiras distintas:

    - Por um lado, esta avalanche de novidades pode querer significar que já existe consicência de que a Terra não vai suportar muito mais tempo os humanos nem muitos mais indivíduos. E é necessária, com ambição, encontrar uma alternativa rápida para se manter o antropomorfismo! (que em muitos casos é mau!.

    - Por outro lado, poderá ser através dessa descoberta que percebamos como é o planeta Terra funciona... Dado que o Universo se formou todo a partir do Big Bang (ou pelo menos cree-se que sim).

    Qual será a melhor ideia? Será que queremos ter uma Terra "2" ou queremos apenas perceber o nosso planeta?!

    Keep it on!

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