segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Notícia: 500 planetas em 15 anos: já não estamos sozinhos no universo

27 de Novembro de 2010  

A Terra será única? Há mais vida? Será essa vida inteligente? 2010 bate recorde na descoberta de planetas extra-solares. Astrónomo do Vaticano diz que só procurar já vale a pena


51 Pegasi b
Há 15 anos descobriu-se o primeiro planeta fora do sistema solar - o 51 Pegasi b, a 50 anos-luz da Terra. Esta semana, o catálogo de exoplanetas ultrapassou as cinco centenas. Para os próximos meses, e sobretudo quando chegarem os resultados completos da sonda Kepler, que desde o ano passado está a investigar 126 mil potenciais "sóis" na Via Láctea, os astrónomos prevêem um aumento exponencial dos mundos conhecidos. Com eles, aumenta também a probabilidade de encontrar vida.

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Nuno Santos, do centro de astrofísica da Universidade do Porto, começou a trabalhar nesta área na recta final dos anos 90. O primeiro planeta que ajudou a detectar foi baptizado de HD 192263 b, com o tamanho de Júpiter. "Na altura seriam conhecidos uns 20. Achávamos que iam aumentar mas era uma fase muito inicial, só conseguíamos observar gigantes gasosos quando sabíamos que este tipo de planetas são uma minoria no sistema solar", diz. Apesar da teoria da formação apontar para uma imensidão de planetas, reinava algum cepticismo. "Havia poucas observações, tínhamos de ver para crer."  
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Gliese 581c
Dos 504 catalogados, poucos parecem poder albergar os primeiros vizinhos do homem, explica Nuno Santos. Os únicos candidatos a preencher os requisitos são o Gliese 581c, a 20 anos-luz da Terra, e outro anunciado em Agosto, no sistema planetário da estrela HD 10180, a 127 anos-luz da Terra, porque estão na chamada zona habitável do sistema.

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Seth Shostak, astrónomo do Instituto para a Procura de Vida Extraterrestre SETI, em São Francisco, está confiante: "Há muitos projectos à procura de vida no espaço. Acho que pelo menos uma dessas experiências trará algum resultado nos próximos 15 a 20 anos e sabermos então que aquilo que aconteceu na terra não é um milagre, mas um lugar-comum no cosmos." Jose Funes, o padre jesuíta e astrónomo do Vaticano vê as oportunidades de reflexão para a humanidade: "Ainda há muitas questões em aberto: Será que a terra é única? Há vida lá fora? Será vida inteligente? Talvez nunca tenhamos resposta para todas estas perguntas, mas só o facto de a procurar permite conhecermo-nos melhor a nós próprios."



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Astronomia: objecto e método de estudo

A Astronomia (do grego lei das estrelas) procura explicar os fenómenos físicos que ocorrem dentro e fora da Terra, e estuda a origem, a evolução e as propriedades físicas e químicas de todos os objectos celestes do Universo. É uma ciência que associa os interesses da Matemática, Física, Química e da Biologia, entre outras. Esta foi uma das razões pela qual decidimos escolher Astronomia para o tema principal do nosso trabalho de Área de Projecto. Não foi a única, visto que, à partida, já todas tínhamos algum interesse e curiosidade sobre o tema.

A Astronomia tem origem na antiga ciência - hoje pseudociência - Astrologia, mas a primeira não deve ser confundida com esta. A Astrologia associa fenómenos terrestres e celestes, mas tem falhas quando tenta relacionar o destino da humanidade com as estrelas e os planetas, enquanto que a Astronomia aplica o método científico e tenta confirmar algumas teorias terrestres a partir de observações celestes.


Astronomia e Astrologia














 É uma das poucas ciências em que os observadores independentes têm grande importância, tendo estes um papel activo na descoberta de fenómenos temporários. Hoje em dia, muitas das descobertas feitas por pequenos investigadores acabam por levar a outras descobertas de enorme importância para a evolução do conhecimento científico.



segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Notícia: Cientistas descobrem planeta habitável a 20 anos-luz de distância

 Esta foi a notícia que esteve na base da escolha do tema  que o nosso grupo vai trabalhar ao longo deste ano lectivo, na disciplina de Área de Projecto:

Cientistas descobrem planeta habitável a 20 anos-luz de distância
30 - Set - 2010 

Planetas rochosos, parecidos com a Terra, já foram descobertos. Mas este, a 20 anos-luz de distância de nós, é o primeiro que parece ser habitável, dizem cientistas norte-americanos.

O Gliese 581g é um dos seis planetas do sistema em torno da estrela Gliese 581 (uma anã vermelha, que fica na Constelação da Balança), tem uma massa três vezes superior à da Terra e parece ser rochoso. Orbita a sua estrela a uma distância que o coloca dentro da chamada “zona habitável”, onde a água poderá existir em estado líquido à superfície do planeta. E tem um diâmetro 1,2 a 1,4 vezes superior ao da Terra, portanto terá gravidade suficiente para conseguir reter a sua atmosfera.

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Para os astrofísicos, um planeta “potencialmente habitável” é aquele que pode sustentar vida – não necessariamente um que os humanos considerem bom para se viver. Este fica bem no meio da zona habitável do sistema solar – onde não fica demasiado quente nem demasiado frio, onde pode haver rios e oceanos à superfície.


Mas um ano em Gliese 581g dura apenas 37 dias – é este o tempo que leva a completar uma volta à sua estrela. E mostra sempre a mesma cara à estrela, como a Lua faz com a Terra. Assim, no lado do planeta virado para o Sol é sempre dia e no que fica na obscuridade – a noite é eterna.
As temperaturas à superfície oscilam, por isso, entre o calor escaldante e o frio de enregelar – mas a temperatura média é negativa: -31 a -12 graus Célsius, diz um comunicado de imprensa da Universidade da Califórnia em Santa Cruz. Mas, como terá atmosfera, poderá ter um efeito de estufa capaz de harmonizar melhor as condições na superfície.

No entanto, o local mais confortável do planeta seria a zona de transição entre a obscuridade e a luz, onde as temperaturas seriam mais amenas, dizem os cientistas. Mas o facto de o planeta estar dividido em duas zonas claramente definidas e estáveis pode ser uma vantagem para que surja a vida.
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Talvez o mais interessante desta descoberta é o que traz em termos de implicações sobre a probabilidade de as estrelas terem pelo menos um planeta habitável na sua órbita. Dado o número relativamente pequeno de estrelas monitorizado pelos astrónomos caçadores de planetas, esta descoberta aconteceu relativamente depressa: se os planetas habitáveis são raros, diz Vogt, “não devíamos ter achado um tão depressa, e tão perto de nós.”

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In:

domingo, 12 de dezembro de 2010

Apresentação do Projecto


Pensar que somos os únicos seres vivos na imensidão do Universo é um erro que muitos cometem. Na verdade, cada vez mais ouvimos falar em planetas potencialmente habitáveis, como é o caso de alguns planetas do sistema Gliese 581.

Assim, levanta-se uma questão:
Se há planetas com condições semelhantes às do planeta Terra, como podemos afirmar que estamos sozinhos?

Ao longo do presente ano lectivo, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, iremos desenvolver este tema, tentando expôr algumas ideias e descobertas que achamos importantes para o desenvolvimento científico e cultural. Para mais informações, continuem a seguir o nosso blog.

Os melhores cumprimentos e até breve

Ana, Carolina, Joana e Teresa